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Poesias-->MEDICO 188 -- 18/12/2011 - 20:57 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lá fora é carnaval

Há gritos. Há embriaguez.

Mas cá, neste hospital,

comemora-se as cinzas



Do que tu ris?

Diga-me. Por favor, diga-me. Não finja.

Do que tu ris?



Pois aqui, saiba, cada maca é um carro

alegórico abandonado,

com suas falsas luzes de alumínio

e armações de ferro

tingidas de dourado,

que já não brilham

e nada mais falam



Aqui, pedaços de cetim rasgados,

às vezes, oscilam, como borboletas cegas

à baterem nas janelas,

procurando talvez um desenho

de flor em alguma cortina



Os confetes derramados

são botões arrancados

do vestido de uma rainha

coroada por um dia



Apenas as mãos! AS MÃOS!

São os últimos foliões tristes

que se rebelam e insistem

em agitar as alegorias

na silenciosa pantomima



Do que tu ris?



Entre a loucura e melancolia,

vago muda e solitária,

com um rosto lavado de palhaço

e esta fantasia branca

em que me vesti

cujo nome bordado é -" Graça"



Do que tu ris?

Diga-me. Do que tu ris?





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