Usina de Letras
Usina de Letras
34 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63774 )
Cartas ( 21381)
Contos (13320)
Cordel (10372)
Crônicas (22598)
Discursos (3256)
Ensaios - (10855)
Erótico (13606)
Frases (52278)
Humor (20238)
Infantil (5697)
Infanto Juvenil (5060)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1389)
Poesias (141192)
Redação (3388)
Roteiro de Filme ou Novela (1066)
Teses / Monologos (2446)
Textos Jurídicos (1983)
Textos Religiosos/Sermões (6434)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->med 63 -- 18/12/2011 - 00:39 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não sei quando eles chegaram

ou quanto tempo, ainda,

vão permanecer dentro da roda



Eles estão lá fora

Aguardando a hora

nas prateleiras



Eles são tão iguais!

Brasileiros!

Recheio de vento e de goiabada!

Cortados com tesoura de aço

no mesmo molde

de papel reciclado

Sentam-se, um ao lado do outro,

na mesma posição,

soltando fio e botão



Possuem o mesmo olhar de pedra

sem resíduos

O gesto mudo. Os dedos de manivela.

A boca semi-aberta

à espera do ventríloquo

bate como uma janela :

"Sim-sim-salabim

Lupuliplim-clapatopô"



O cabelo é riscado

em linhas tracejadas de tricô

que se quebram

em várias ondas

e o corpo costurado

com alinhavo apressado

cor de carne e de sombra



E o desafio

era saber onde estava

cravada a agulha

na tapeçaria

porque se doíam e se doíam !



E eu médica,

retirava a luva,

e preferia o dedal

para a costura

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui