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Poesias-->med 61 -- 18/12/2011 - 00:38 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O homem esquálido,

no chão esparramado, olhos de vidro,

cheirava à vômito, ácido clorídrico

e aguardente barata



Seu corpo magérrimo

cobría-se com farrapos

e trazia os pés nus e sujos-

grandes e paquidérmicos-

de pegadas fundas



Na sua boca, o fio de baba

pegajoza, escorria pelo queixo,

caía no pescoço,

formando uma poça de água

ao lado do rosto

A pele grossa, sarnenta,

com feridas pestilentas

resplandeciam raios

como olho de gato



Dormia. Inconsciente.

Semi-morto. Sem reflexos.

Sem reação. Dormia.

Após a convulsão



Eu observava o amontoado orgânico

estendido aos meus pés

Sabia que embaixo de tudo aquilo,

em algum lugar, em meio as lêndeas,

as vísceras, aos trapos, em algum lugar,

entre a bile, os humores, o muco e a borra,

existia um homem soterrado

pedindo por socorro



Tudo aquilo que eu via

Eram peças espalhadas

de um quebra-cabeça chamado "O GRITO"

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