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Poesias-->medico 234 -- 18/12/2011 - 00:22 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Porque nada ali crescia

Nada!

Nem uma palavra.Nem uma flor.

Nem um gesto. Nem uma fantasia.

Exceto o cheiro de pão fresco

que enchia o ar



Porque nada ali se mexia

Nada!

Nem uma mão. Nem uma boca.

Nem uma brisa. Nem uma pá.

Exceto as bolhas de fermento

no pão redondo

que se distendia como um ventre



Porque tudo ali estava inerte.

Imóvel. Carcomido.

Exceto o calor do forno

que se levantava, suave

e silenciosamente, por todos os lados



Porque tudo ali

havia retornado à terra escura

Havia lentidão. Vagareza.

Pó. Amassadura.

Exceto as mãos invisíveis

da natureza

que afiavam réguas,

abriam compassos

e modelavam os ninhos.



Tudo ali envelhecia

mas algo se rebelava

e insistia:

" A barriga da menina"

que apontava um ponto

à frente e acima



FELIZ ANO NOVO
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