LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->medico502 -- 18/12/2011 - 00:10 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Tão pequena. Tão só.
E seus passos tinham o som
de alguma coisa que cai,
afunda, planta, levanta pó
E a velha passava
como o desespero branco
do lírio à noite
Passava, a velha,
como a água misturada
à terra passa
Tão alva. Tão abandonada.
Com a boca
a soletrar o silêncio
e com os braços a desenhar
o movimento inalterável
dos astros no espaço
A velha passava
miúda e irreconhecida
como o amor - este obscuro
que nos fascina e nos assusta
Ela passava
como o "sono" -
este pedaço
de morte viva
que nos segue
durante o dia
|
|