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Poesias-->Sem malas -- 17/06/2011 - 12:28 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Sem malas.



Assusta-me a memória

por seus anzóis pontiagudos.

Nela você bate à porta

eu crio coisas de festa

vou aos planetas em volta

chovo em molhado

reitero.



Toda existência sem cotas:

todas então esvaziadas

bate e rebate

nas portas.



Vou caminhar nos andaimes

não porque queira o presente.

Mais por falar com meu fundo

desses limites que açoitam.



Meio do fio e alturas

um equilíbrio

sem tempo.



cristina


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