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Poesias-->A Terra da Tua Infância -- 09/02/2011 - 12:36 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Terra da Tua Infância



Ali naquele café, sentado naquela mesa,

Onde dizem que era tua.

Olha só o que aconteceu.

O dono do café enriqueceu.



Fizeram uma estátua tua, jogaram-te na rua.

Nada de ficar isolado, quem quiser que sente

ao lado.

Vale abraçar, tocar, vale até fotografar.



Quem disse que gostavas de abraços, de braços

a te tocar?

Não respeitam a solidão que vivias então.

E vão ali porque vão. Porque é chic entrar no teu porão.



Sem dó nem piedade invadem aquela hora como

se fosse agora.

Enquanto ali vivias, lias, escrevias, ninguém queria

saber o que dizias.



E continuam a não querer saber nada do que lhe

querias dizer.

Vão ali por vaidade como quem vai desfilar o fato

novo que acabou de estrear.



Nem a alma que levam se levanta quando toca

a manta que te agasalhava quando o frio chegava.

Como quem está de férias, vão entrando.

Nada lhe diz nada.



E vão devassando o teu esconderijo.

Ali os sapatos que calçavas. As roupas que usavas.

Aqui a mesa onde escrevias.

Ali a cadeira onde te sentavas enquanto pensavas.



Pensar, quem quer pensar!

Quem dita a vida agora é o lá fora.

A tendência é viver de aparência.

Outra hora.



Cantar conforme a música.

Perder o tino, desatar a cantar o novo hino

Que se chama

Sem destino.



Lita Moniz





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