A cor da felicidade
No campo imenso composto de areia,
gosto de pêra cálida e sedenta
Teus beijos padeciam serenos
No toque trêmulo, quase vão, na carne atônita
O lúbrico desejo estigma no corpo são,
alucinógeno, estagnado
Prisioneira rendo-me a esfera seus beijos
doces, quentes, ardentes,
Doloridos, estonteantes, cálidos, constantes,
Quero gritar, quero nascer e morrer em teus braços.
O Sol tímido alvorece solitário por detrás
das nuvens
Antes que caia a garoa fina sobre nossos
corpos ...Vamos correr...
A cor da felicidade estanca na face,
é transparente como lágrimas,
Salgadas como lágrimas, singelas como lágrimas
eternas...
Agora a carne extasiada inclina-se na vértice
daqueles beijos...
Sentidos inópios, concisos, inesquecíveis...
Eternizem!
Erika Viana
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