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Poesias-->PURGATÓRIO -- 14/01/2011 - 20:44 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PURGATÓRIO

Lílian Maial







Nada mais a fazer.

A pedra cravada no seio

e tudo jaz na ribanceira da palavra.



Por tantas vezes nos perdemos

e outras tantas já nos juramos,

que a vergonha se escondeu em rubor.



Deixemos de lado as reverências,

esqueçamos as boas maneiras e as gentilezas,

larguemos a polidez que o amor dispensa.



No fundo, o ranço magoando o peito,

a máscara ferindo a pele da verdade

e uma represa de sentimentos

rompendo o limite do suportável.



Vai! Sai de mim e do meu sono!

Foge para bem longe das retinas,

que o amargor marca as horas,

se pouco falta para me desconhecer!



Não, já não há como encarar o dia

e as noites acolhem um silêncio inquisidor.

Sem despertar do pesadelo,

o que resta é a certeza do engano.



Injusto a dor do presente

ser preço de ventura do passado.

Não é bondosa a cegueira da paixão.

Ao contrário, é fria e cruel,

traiçoeira mãe que envenena os filhos.



Nada a fazer.

O peito arde dilacerado

e derrama um sangue corrosivo,

que consome as possibilidades do verbo.

Fantasma em vida, arrastando correntes de desespero,

no inconformado purgatório de saudade.





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