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Poesias-->pol 143 -- 24/12/2010 - 23:28 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eles estão por todos os lados

Gente mísera. Gente doente.

Gente da cidade grande

Veja-os. Ouça-os

Eles tém apenas grito,

um vermelho dentro do corpo,

e um colar de pedras

que se tornará pó um dia



Eles estão correndo

como bichos em fuga

que pressentem o perigo

Rostos apagados

Mãos que sobram

no estouro da manada

Nos telhados,

francos atiradores

preparam a mira

das metralhadoras

Correr é o que lhes resta!

Dá-lhes pernas

Eles sabem- sabem!- que muitos

não retornarão mais

às suas casas



Eles enchem as calçadas

Espremidos

Cheio de grito

Acossados

pelo inimigo invisível



A solidão das ruas

das vitrines

das urbanas savanas

O silêncio entre tudo

A lágrima - a única coisa leve

que conhecem não risca mais o ar



Correr.Fugir.

" Deus escolhe seus preferidos

pelo tiro perdido"-

dizia um velho manco

dedo indicador

apontado para cima

Correr. Fugir.

Estão sendo Caçados,

covardemente,

na selva, neste safari

Sobreviver era a única vitória

Eram gente. Homens. Homens.



E o cartaz da "filantrópica" ONG

tão grande a cobrir o horizonte

dizia

" Salvemos os rinocerontes"



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