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Poesias-->2676 -- 24/12/2010 - 23:15 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O leproso estava diante de mim

com suas chagas dolorosas

que lhe corroíam os pés,

obrigando-o a dobrar os rins



E ele me sorria

Bondoso- Doce- Pacífico

Um sorriso que crescia

debaixo da pele, das mucosas,

entre as dobras,

nos vãos das vísceras,

rente ao plexo,

fundo da terra



Sua face leonina a sorrir

resplandecia-se e ganhava uma beleza

furiosa, incompreensível e selvagem,

como se eu assistisse à uma tempestade,

acima das nuvens :

Vagas em luta

E a paz pressentida sob as águas profundas



Ao terminar a consulta, ele se ia :

corcunda, curvo,coxo-

como andaria um anjo barroco

que só flutua



E deixava comigo

a linha comprida

de seu sorriso,

que se enrolava nos

meus saltos agulhas

e nas minhas mãos



No meu peito,

o trapo mole rubro

recém costurado-

coração

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