LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->2615 -- 24/12/2010 - 23:10 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Até que redescobrissem
o país....
Ele permaneceria assim
Doce. Assustado. Subserviente.
Como um nativo tingido
de preto e de vermelho
trocando ouro por espelho
Como vencer o inimigo invisível?
Davam-lhe o eletrochoque
Ofereciam-lhe aguardente
e suicídio grátis por overdose
Colocavam em sua mão
a esmola ou o rebenque
ou o controle da televisão
E tudo para que não arrebentasse
as jaulas com o próprio punho
e saísse correndo pelas ruas
como um animal em fuga
Como vencer um inimigo
que se camufla?
Pois, ele enlouqueceria
os Senhores da Guerra e da Morte!
Afinal, como dominar
o que já nasce com grilhão no pé
e aceita a má sorte?
Como humilhar
a quem escarnece de si próprio
e faz disto um grande negócio?
Como aniquilar
a quem se auto-destrói
e se reconstitui numa estranha metarmofose?
Como estimular lutas
quando ninguém deseja ser herói?
Esta seria sua VINGANÇA!
Não daria a ninguém
o prazer de enterrar a lança
em seu peito
E marcharia convicto
repetindo com desprezo:
" Amar o inimigo
como a si mesmo"
Até que redescobrissem
o país...
Ele permaneceria passivo
Pobre em mente
Sem juízo crítico
Fingiria..Fingiria...Fingiria...
E aceitaria o nome-
" POVO do BRASIL"
Algo sem feição
na brutalidade da opressão
Dizem-no infantil
incapaz e infeliz?
Como vencer um inimigo que sorri?
" Também sorrindo"
Até que redescobrissem o país....
|
|