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Poesias-->2614 -- 24/12/2010 - 23:09 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Era uma vez

uma criança que conhecia as despedidas

as frustações da vida

o pote reluzente de geléia sempre vazio

o cheiro doce das vertigens

nos frutos altos..muito altos



Uma criança que tinha nas mãos

uma asa cortada

e cujo único brinquedo

era a adivinhação



Era uma vez

uma criança que possuía no bolso

esquerdo um lápis preto

com que desenhava a profundidade

das coisas distantes

e fazi-as palpáveis, tangíveis,

enchendo os vãos

entre os dedos

E foi assim, que ela

capturou todas as estrelas dos céus

e desvelou os véus

das diagonais



Uma criança que sorriu

ao descobrir quão pequena

era sua lágrima diante do oceano

mas, ainda assim, imaginou

dentro de sua lágrima

um peixinho, uma sereia,

um rei netuno,

um país submerso-

vários subterfúgios



Era uma vez uma criança

molhada de barro

que se confundia com a terra

quando nela se deitava



É para esta criança

que eu canto

que eu canto

Como eu canto!



E toda minha vida,

pouco valeria,

se não tivesse esta criança

para quem cantar

todos os meus dias

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