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Poesias-->2606 -- 24/12/2010 - 23:08 (maria da graça ferraz) |
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Dois mil anos de guerras travadas,
de filosofias concebidas, de livros escritos,
de palavras atiradas ao vento,
passa-se o tempo, muito tempo,
mudam autores, persistem as idéias dos poemas,
e o povo é o mesmo,
e os governantes são os mesmos,
e os legisladores são os mesmos,
como mesma é a órbita da TERRA em torno do SOL,
como mesma é a força da mão
na colher de pau que mexe a massa do pão,
como mesma é a linha oblíqua
que marca a queda do fruto no chão,
como mesma é a rota
das aves de arribação
Dois mil anos de suposta evolução ,
assistindo a repulsiva marcha da ignorancia,
o triste matrimonio da pobreza com a soberba,
o mesmo grau de inclinação da flor à luz da janela,
os mesmos erros inalteráveis
repetidos em intervalos regulares
Dois mil anos com promessa de revolução,
e a mente humana é a mesma
que se adapta, se auto-regula, se defende
da sede , da fome,do frio, da civilização
através da memória coletiva da espécie
e mesmo é o corpo-
tirano, exigente,cheio de apetites,
e é o mesmo sonho de libertação,
que sem outra opção, sobrevive
E a única triste conclusão a que chego é que nada,
realmente nada muda debaixo do sol
Exceto tua voz quando me chama
e algo nasce e se irrompe
Porque nunca é o mesmo meu nome
que te responde
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