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Poesias-->Caminhos -- 13/11/2010 - 22:37 (MAURO DELLAL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O meu amor, desde sempre

Com olhos sonhados via

Um sempre distante

De começo em um futuro

Passado nunca presente.

Meus dias eram dias sem tarde

Palco sem o artista;

Bolo sem recheio;

Carro sem pista;

Trem sem trilhos;

Sóis sem calores;

Filho sem seio;

Peito de dores.

Meus dias eram noites em claro.

Por ruas vazias em sonhos ruins.

Sem carros ou trens;

Sem posses ou bens,

História sem fim.

Caminhei sem rumo,

Naveguei sem estrelas;

Voei céus de sujo algodão,

Habitei casa sem telhas.

E sempre por ti,

Gritei como pude,

Esse sonoro e pobre,

Esse nobre amor rude.
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