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Poesias-->ESPERA -- 11/10/2010 - 11:12 (Cláudia Brandão Schwab) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É uma cabana de troncos encravada com decoro

na encosta íngreme de um morro.

(Morro, montanha, não sei).

Há um bosque de pinheiros e uma estradinha de terra.

É sempre frio e às vezes neva.

Cortinas brancas nas janelas.



O assoalho é de madeira clara. Tudo são troncos

grossos e desbastados: bancos, mesa, armários.

Pilhas de troncos lá fora.

Fogão à lenha, lareira, machado apoiado a um canto.

A vida é dura, mas doce. E há uma angustiante espera.

Sonho com ela. Com o bosque de pinheiros

e com a estrada de terra.



Desde pequena eu sonho. E sei: é um lugar que conheço.

E me vejo na cabana a espiar da janela. Sempre buscando

com o olhar a estradinha de terra

que desce pela encosta abaixo levando minha alma nela.

Eu vivi neste lugar, eu amava esta cabana.



Quando a vejo nos meus sonhos, sei o que espero

e sei se veio ou não veio. Conheço cada canto da casa,

cada pinheiro do bosque, sei dos cheiros e sabores.

E sei mais:

Sei o que se fez da angústia, conheço o gosto do fruto

que se gerou desta espera.



É um lugar onde vivi, mas quando acordo, esqueço.

Lembro a paisagem como quem lembra o cenário

De um filme antigo e há muito tempo assistido.

Mas não lembro se a estrada

Pode entregar-me algum dia

Aquilo que eu esperava e que tão grande agonia em meu coração gerava.



Ah! Se eu um dia pudesse achegar-me a esta janela

Sem que dormindo estivesse! Quem sabe, então eu lembraria...

Talvez a lembrança matasse essa tristeza de hoje,

Essa incompreensão imensa.





Quem sabe que parte densa da minha vida passada

ficou escondida na estrada?

Será que este mistério é o que, enfim, poderia

dar um fim à nostalgia desta minha vida de agora?





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