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Poesias-->A lâmina pendular -- 15/09/2010 - 00:43 (E.L. Kamitani) |
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A lâmina pendular
A lua me segue
Com um olho sangrento
Como uma cemitarra vermelha
A lua me persegue
Sem argumento
Nas névoas do cimento noturno
Ela projeta uma palavra
Na minha alongada sombra
E no farfalhar seco das folhas
Um suplício se anuncia
Sem qualquer receio
Eu imagino todo tipo de associação
Em cada plaga, segue essa sina
Sigo traçando
Estocasticamente
As coisas da bile
Os rumores esboçados
Eu vejo a lua no teto ausente
E nesse holofote eu não enxergo símbolo
Eu vejo a lua sem qualquer dragão
Eu vejo a lua e persigo-a
Com cordas estúpidas e tépidas
Eu sigo em cada sonho dizendo a mim mesmo
Que a lua desfalca o céu
A lua me segue como uma crença assassina
Não perdoa minha ignorância
Não ajuda minha colheita
Ela está no zênite
Parece uma lâmina pendular
No rumo de meu pescoço
(Eder Kamitani)
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