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Poesias-->TRANSPARÊNCIA -- 01/09/2010 - 11:57 (João Ferreira) |
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TRANSPARÊNCIA
Jan Muá
1 de setembro de 2010
Nem todas as formas
Respondem a nossas perguntas
Muitas delas são e estão aí
Existencialmente
Com materialidade
Ou com efeitos à vista
Mas continuam fechadas
Para o que quremos saber delas
São formas de segredo contido
Formas tipo cofre fechado
Com o código esquecido dentro
Inacessíveis ao intelecto
São apenas coisas
Figuras desenhadas
Estão aí frias e soberanas
Sem outra linguagem que não seja
O volume e a materialidade
Fulgurando aos nossos olhos
Falta-lhes a linguagem direta
Da revelação
Ou da transparência
Que seria toda a sua capacidade
De resposta
Aos quesitos humanos
Falta-lhes a destreza ontológica
De descer ao patamar
Do nosso olhar
Que gostaria de ver nelas a meiguice
Se abrindo em seus segredos
Alonjando o espetro das múmias
E a carga fúnebre dos mortos
Tudo o que temos aí sim são formas
Organizadas
Gostaríamos porém de vê-las mais camaradas
Menos pétreas
E menos misteriosas
Gostaríamos de confraternizar
De ter nelas uma resposta
Que nos desse a chave do cofre
Que abrisse o segredo do cosmos
À lógica do silogismo humano.
Jan Muá
Brasília, 1 de setembro de 2010 |
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