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Poesias-->A Última Canção de Amor -- 10/04/2001 - 17:38 (Magno Antonio Correia de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O amor é feio.

Tem dois dentes quebrados

abaixo do nariz torto

e olhos que saltam das órbitas

no sentido contrário ao tempo.

O amor não ri.

Pula amarelinha

entre dois edifícios

e despenca no abismo

como se fosse à feira.

O amor se retrai.

E diz asneiras

e ouve bobagens

mas não se entrega

nem se enternece.

O amor tem pústulas

espalhadas pelo corpo

e produz mau cheiro.

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