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Poesias-->MATERIALISMO CÉTICO -- 23/08/2010 - 14:53 (FERNANDO PELLISOLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O poder dos meus versos

Atravessa a literatura da necessidade

No complemento complexo de um desencanto

Na avenida da vida



Tudo não passa de uma famigerada irrealidade

No esplendor do sucesso

Onde o brilho dos paetês obscurece, no outro dia

As faces lavadas e já secas...

O engodo pomposo da vida material

Envaidece a face mentirosa da vergonha

Compondo o segredo da inutilidade momentânea

[na mais absoluta intensidade...



II



Eu quero me desabrochar

Na estrutura gramatical dos meus versos

Comungando a minha semente em emergência

Numa intransigente infelicidade



Já não tenho mais o ímpeto revolucionário

Dos tempos da minha adolescente rebeldia

Quando eu queria consertar as distorções do mundo

Com a minha ânsia de ceifar...

A tecnologia é um brinquedo versátil

Nas mãos inescrupulosas da vã filosofia materialista

Que só desvela o lucro do capitalismo

[na cegueira eufórica do povo!



III



E o sofrimento alheio

- passo obscurecido estendido pelas ruas!

Pois os homens estão cada vez mais dissimulados

Acalentados em seus próprios egos...



E Deus – que é nosso pai,

O que pensa a respeito dos holocaustos?

Estaremos sendo arrastados pelos nossos pecados?

E onde estou na nova era espiritual?

Como um gênio teatral

Pode descrer na existência inquestionável de Deus?

E bilhões de semi-analfabetos

[serem munidos de ingente fé religiosa?



IV



Quem tu és ó poeta

Pra constatar a irregularidade das coisas?

Pra contestar os desígnios da providência?

Pra confessar todo o teu desencantamento existencial?



O materialismo cético

É capaz de criar infinitos e lucíferos dragões

Só pra desafiar a potência divina

E continuar reinando no trono da arrogância.

Meu sangue queima em minhas veias

Porque sou um poeta desacertado neste velho mundo

Como quem almeja um grande final

[num novo recomeço...



(por Fernando Gomes)

























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