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 | Poesias-->DESENCANTAMENTO -- 03/07/2010 - 17:02 (Lílian Maial) |  |  |  |  |  |
 | DESENCANTAMENTO 
 para Antônio Adriano de Medeiros
 
 
 
 
 
 Primeiro é preciso encontrar a fome,
 
 a necessidade. Porque todo poema é
 
 alimento. Os versos são pão e vinho.
 
 O poeta precisa aprender que o seu papel
 
 não é colher a uva, mas se deixar embebedar.
 
 Não é devorar a casca, o miolo,
 
 mas aprender a semear o solo e o verbo.
 
 Ser poeta é saber crescer na miséria
 
 de carne, de pão, de uva.
 
 É descobrir-se sedento e esfomeado
 
 toda vez que um verso lhe ronda a face.
 
 Um poema não sabe nada de Vida e de Morte:
 
 ele é a magia, em si, que, se decifrada,
 
 vira palavra no papel.
 
 
 
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