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Poesias-->plsocial -- 05/06/2010 - 22:26 (maria da graça ferraz) |
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Ao meu redor,
a imutabilidade da vida
segue sua trilha
A monotonia. A melancolia.
Os dias.
O banco da praça,
de todas as praças,
traz um homem sentado-
duro, empalhado, em paralisia,
com a boca aberta
e olhos fechados.
Ao lado do homem,
um jornal dobrado
guarda as notícias :
crises, fobias, milícias
em guerra, infanticídeos,
loucuras da terra,
promessas fictíceas
de um Paraíso
alugado, juros baixos,
que se consegue
matando o inimigo-
morador ao lado.
Atrás deste homem,
escuta-se o grito do oprimido
que se confunde
com o histrionismo símio
das lutas fratricidas
e das guerrilhas " humanistas"
A frente deste homem,
ouve-se o discurso repetitivo
do chefe BABUÍNO
que nunca chega
à maturidade de um hominídeo
e é movido à astúcia e à mentira
E por todos os lados
deste homem,
a irreversibilidade da vida
A tentativa infrutífera
de alterar a natureza
O populismo. A demagogia.
A pobreza de espírito.
E tudo que cabe
a este homem
como herança
é escolher entre:
O igualitarismo
utópico leviano
ou
o individualismo
desumano frívolo
É a mesma história
que mata os mesmos mortos
É o mesmo poeta
erigido à bode expiatório
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