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Poesias-->2622 -- 28/05/2010 - 18:07 (maria da graça ferraz) |
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Ela vinha
antes da árvore - " proibida"
Ludibriara a serpente
Mantivera-se à porta do paraíso-
ainda inocente
Mas não há como fugir
da espada do anjo inclemente
e de seu castigo
Pois tudo que se entrega aos ventos,
perde o equilíbrio, cai na vida,
parte-se, perde o juízo
Eles deram-lhe o nome:
Dona Doida
E a dona que era doida
passava os dias
nos pátios ensolarados
conversando com os pássaros
Cada um, tinha um nome
" Guloso" -" Bicudo" - " Teimoso"
" Cantor"- " Perneta"- " Doutor"
E ela conseguia distinguir
um do outro, mesmo em vôo
Impressionante talento
que ninguém sabia aferir
ou qual a serventia
DOIDA!
Camisola esvoaçante.
Corpo magro. Pele branca.
Era como uma onda
que se levantava
para logo desaguar
aqui e lá
E vivia assim
Cheia de sons perdidos
Presságios- Ramos- Nuvens
" Será que ela acordava
quando dormia?"
DOIDA!
E gostava de dar abraço
beijo aninhar-se dar laço
brincar de círculos
que se dissolvem
Uma flor que ganhasse movimento,
assim também faria, eu penso
Não nascera para ser possuída
e nem possuir nada
Era contente
como só aqueles
livres completamente
conseguem ser
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