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 | Poesias-->No Fio -- 07/02/2010 - 21:36 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |  |  |  |  |  |
 | NO FIO 
 
 
 
 
 Me trazes como à berlinda
 
 sem fio ou base:
 
 agora jogas,
 
 depois imploras.
 
 
 
 Não tenho espinhos
 
 mas tenho entranhas:
 
 quando as invades
 
 cancelo a entrada.
 
 Me jogas longe
 
 depois me chamas...
 
 
 
 E deixas as gavetas
 
 com suas bocas entreabertas
 
 e se esvaem os segredos
 
 que ensaiaram nosso enredo:
 
 se me queres, se eu te quero...
 
 
 
 Já depois
 
 banal e austero
 
 meu pedaço
 
 viras zero.
 
 
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