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| Poesias-->Feitura de Adeus -- 28/03/2001 - 10:40 (José Ernesto Kappel) |
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De qualquer maneira
belas, rústicas
ou dramáticas,
as coisas continuam.
De pé em pé,
sorrasteiras elas avançam
diante do tempo
e fazem da gente
uma pérgula dourada
de lanças
ao seu dispor.
Medidas você não tem,
contra o tempo, não.
Ele basta por uma tempestade.
Avança e nos leva
em seu colo e sem perguntas,
para o mais além e o mais além,
até o fim do mundo
que não é bem lá
fica bem no mais fundo.
Só nos resta o amém.
Pipocas não dá nem prá comprar
porque você é ação, o mocinho
sem armas e balas
que nem feituras de alas.
E dia após esse dia,
você enfrenta a faina
dos deuses que puxam a gente
prá algum lugar,
lugar que nunca tem nome,
tem dores às vezes,
e para quem já sabe de
cor esta história
já tem mais de setenta
e fica na memória!
É a hora do vai-e-vem,
da gangorra,
que pode parar de súbito
e chega a hora de levar você,
para o alpendre de outra vida.
Por isso, no andar da carruagem,
se precavenha contra
o algoz do tempo.;
ele é de poucas palavras e
sorrateiro.
E se você é sua próxima vítima,
então, adeus,
perdemos um amigo
e, em troca, ganhamos
a agonia
de saber
que mais cedo ou mais tarde
ele vem forte e bate rude
sem alarde e faz nova troca.
Leva nosso tempo e trás a morte,
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