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Poesias-->CRIANÇAS E GAIVOTAS -- 28/12/2009 - 14:35 (João Ferreira) |
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CRIANÇAS E GAIVOTAS NA MARGEM DO TEJO
Jan Muá
19 de dezembro de 2009
Lisboa, Expo 98, Junto ao Oceanário
Lá no alto o sol ferve
Em hélio e hidrogênio
Mas seus raios ardentes
Pelas neves do planeta
São detidos
Seu rosto divino
Em luz complacente
A alegria da vida distribui
E as coisas nascem definidas
E agradecidas
Com uma alma própria
Que se revela
Embevecido o homem pára
E contempla o espetáculo
Sem saber bem o que dizer
A luz o encanta
E as linhas variadas
Do singular corpo das coisas
Chamam sua atenção examinadora
Há pequenos paralelipípedos no chão
Pretos e brancos
Comprimidos em geométrico mosaico
As crianças em alvorada coletiva
Exultam curiosas e ágeis demandando
O Oceanário
Ao lado o teleférico desliza suave
Pelos fios sobre as docas na margem do Tejo
Esvoaçam no céu aberto
E pousam depois na quina do prédio
Gaivotas agitadas
O Caffé di Roma exala perfume de cafeína quente
E cheirosa
E a tarde segue teimosamente fria
Extasiante e acolhedora
Como se fosse o hall poético de entrada
De uma ilha de amores!
Jan Muá
Lisboa, Expo 98
19 de dezembro de 2009
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