LEGENDAS |
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Poesias-->2542 -- 07/11/2009 - 20:30 (maria da graça ferraz) |
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A sala de curativo-
o camarim da figurinista
Nela, eu visto
colombinas, arlequins,
pierrôs, meus feridos
Essa gente fosca
quais manequins de estopa
nunca brilham
exceto quando eu os tinjo
com solução iodada
Eles, então, resplandecem - DOURADOS!
Rolos de esparadrapo
abrem-se como cetim
Ataduras de crepom,
sedas puras
Chumaços de algodão,
finos brocardos
E as lágrimas
contas peroladas
que se unem
aos fios de sangue
como braceletes, colares,
jóias preciosas, vagalumes
de eternos carnavales
E eles saíam da sala
com uma dor que não
doía tanto!
Uma dor enaltecida
Diria, até, bonita
Bonita dor.Vaidosa.
Como ser mortalmente ferido
por uma faca tingida
com cor de rosa
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