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Poesias-->25301 -- 07/11/2009 - 20:23 (maria da graça ferraz) |
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Encontrei Marininha
falando sozinha
Cabeça à um palmo
do teto
Pernas curtas
Sapato reto
Quinto degrau da escada
à procura
de material cirúrgico
" Por que tudo
que queremos está sempre
nas prateleiras mais altas?"
A velha enfermeira resmungava
Olhar concentrado
como quem
tentasse passar uma linha
no buraco de uma agulha fininha
" Não há nada aqui em cima
exceto luz e vento- eu juro"
Ela então desceu
e me confessou em sussurro:
" Não estamos aqui
para descobrir,
mas para LEMBRAR"
Toda vez que eu
conversava com ela,
tinha a sensação
de que ouvira coisas sérias
Terrívelmente sérias!
Então eu e Marininha permanecíamos
em silêncio
abstraídas
duas almas
aguardando ... uma margem
que nos resgatasse sãs e salvas
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