Pássaros !
Entre arboretos, pelo gramado sem fim, escondidos nos coqueiros,
Lá estão eles, quase invisíveis, nossos amigos alados,
Nesta nossa pressa de todo o tempo, sem tempo, nunca os percebemos,
Porém encontraram guarida aqui, eternos vizinhos cantantes.
CARCARÁ dá uma rasante da torre F, espantando um punhado de MELROS,
BEIJA-FLOR fica assustado, e como um raio, também voa,
A confusão está feita com a revoada de tagarelas MARITACAS verdes,
Todo este barulho deixa estático o SANHAÇO, e ele perde o compasso,
Assustando também o PICA-PAU do campo, que mergulha na pitangueira.
SABIÁ laranjeira, avisa a ROLINHA fogo-apagou, para que não marque bobeira,
Escutando o recado TRINCA-FERRO, lá de cima do bloco B, pega carona e cai fora,
TROCAL que veio do serrado, fica escondida na fícus do L,
Com o seu arrulho ecoando no S, previne do fuzuê, a prima POMBA doméstica.
CAMBACICA não quis nem saber do galho de jatobá, e se mandou,
PARDAIS continuavam a brincar, como se nada acontecesse,
Esperto foi o CAMBAXIRRA escondendo-se dentre os tijolos da Área Externa,
Malandra é ela, a URUCURÉIA, uma coruja buraqueira,
Que se enfiou junto com toda a família, em sua toca lá na saída leste do bloco A.
A família de QUERO-QUERO, deixou o seu ninho ao ouvir o BEM-TE-VI,
Que em cima do telhado do bloco D, avistava toda aquela passarada na algazarra matinal,
Porém para o alívio de todos, bem na grimpa do pinheiro,
JOÃO-DE-BARRO, lançou o seu canto singular, acalmando à todos.
TICO-TICO um tanto quanto desconfiado, aparece na Igreja,
ANU-BRANCO com os seus irmãos, ficaram imóveis na mangueira,
ANDORINHAS voltam em revoadas sobre o bloco C,
Sem o seu café da manhã, CARCARÁ bateu asas e se foi, lá para as bandas do H,
A paz voltou ao reino da passarada do Pat.
Rimarquesz
(Todos esses pássaros, vêm com frequência ou moram no Pátio Metrô do Jabaquara).
|