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Poesias-->Menina de rua -- 22/08/2009 - 09:06 (Maria Emilia Pereira) |
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MENINA DE RUA
A face toda rosada
De dormir no frio chão
Vê-se a droga estampada
Que fumou na madrugada.
Faz parte de sua vida
Não há porta de saída
Não há outra solução.
Pelo vício é mantida
Talvez - por um cafetão!
Nos olhos, desesperança
As mãos são sempre vazias.
Já na há mais confiança
No sonho que lhe alcança.
Os pés sujos e descalços
O olhar perdido e falso
Com uma quase alegria,
Atravessando os percalços
Da vida – no dia a dia!
Atravessa a avenida,
Estendendo sua mão.
Pede socorro a quem passa
Como um grito e devassa
A dita tranqüilidade
Do garboso cidadão.
Mas nela, não há maldade
Somente implora piedade:
- Tia, me compra um pão!
(Maria Emilia Pereira)

Poesia de cunho social ao deparar-me com uma menina,
em minhas andanças pelas ruas da Capital de São Paulo
- esta metróplole que amedronta -
suja, vestida com andrajos, visivelmente drogada,
pedindo-me que lhe comprasse um pão.
É claro que o fiz, não só o pão,mas um café da manhã,
com pão,manteiga, café com leite e uma fruta.
Não resolvi o problema do mundo,
mas matei a fome de uma menina.
Se todos fizessem um pouco que seja,
especialmente os poderosos,
a fome seria dizimada do país.
(Milla Pereira)= Maria Emilia Pereira

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