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Poesias-->PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE CRAVOS... -- 26/04/2009 - 15:49 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE CRAVOS...

(aos amigos portugueses)



®Lílian Maial







E desce a foice,



encoberta pelos hábitos, caldos e migalhas.



Decepa cabeças e troncos,



destrói o milho,



que não espera a desfolhada.







Um vulto negro sobrevoa tilintando o poder,



entrelaçado de artimanhas,



num debilitar de conquistas,



até o sórdido aquiescer dos silêncios.



Onde os direitos fundamentais,



a resistência, os trabalhadores?



O manto oculta as violações,



os saques, o sonho de democracia.





Era apenas abril,



mas o céu trazia a promessa de farta colheita,



e o cheiro de vida e futuro.



Hoje resta o discurso e o fosso,



Que enterra a paz social e as liberdades.





O sangue ainda tinge o cravo,



mas a tirania do ouro empalidece a tez da igualdade,



numa revolução fictícia e benta de interesses.





Sinuoso monstro de feições conhecidas,



o verme capitalista devora lentamente



o grito de Abril.





O trabalhador carrega o fardo



e depõe as armas, a voz, a força,



acuado por fantasma que arrasta correntes alheias.







Novamente é Abril



e o povo sabe.



Navegar é preciso.



Mudar é preciso.



Muda o rumo, a esperança, a justiça!







A mentira é prato forte da serpente política.



A batina esconde a venda e a fortuna.



E não há anjo da reconciliação de classes!







Fome e miséria não esperam,



e os pobres já não querem mais se alimentar



apenas do suficiente para continuarem escravos dos seus senhores...







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