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Poesias-->Desabafo de uma moribunda -- 15/03/2001 - 01:28 (Elma Soares) |
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Deixem que eu morra sossegada...
Se enquanto vivia nunca fui valorizada...
Enquanto era sadia, cheia de vida e alegria,
não me amaram, nem me estimularam a viver...
Deixem que morra sozinha como vivi.
Enquanto era alegre, sorridente, brincalhona
não recebi coisa alguma...
Agora que a vida me falta,
não sinto falta nenhuma.
Precisava de carinho, amor para viver...
Agora que estou no fim, só preciso
que me deixem morrer.
Deixem-me só....
Não preciso de nada,
nem de amor, nem de carinho,
muito menos de dó.
Precisava de tudo,
para continuar vivendo...
Agora não preciso de nada,
estou morrendo.
Guardem suas lágrimas
para outra ocasião.
Odeio que sintam pena de mim,
muito menos comiseração.
Sei que estou morrendo,
não tem a menor importância...
Pois enquanto queria viver
não tive nenhum valor,
podia até morrer.
Se enquanto vivia,
nunca fui compreendida,
seria ilusão pensar,
que agora que me falta vida
poderão me amar?
Nada importa,
agora nada faz sentido...
Estou morta.
Quero morrer sozinha,
pelo menos ouçam-me nesta hora.
Deixem-me ir em paz.
Já que não fui capaz de ser ouvida,
enquanto fazia questão.
de ser amada e querida. |
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