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Poesias-->2521 -- 12/04/2009 - 20:34 (maria da graça ferraz) |
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Por onde passei
nesta vida
Só vi
Trevas
loucura
ignorância
escuridão
E o meu conforto
era saber que eu tinha
uma vela e três
palitos de fósforos soltos
guardados
no meu bolso
Mas de que valeria
este meu tesouro?
Digam-me!
De que me valeria?
Estava rodeada
por ventos furiosos
bravios revoltos
que matam a chama
sem remorso
Foi quando descobri
que podia
escrever a palavra LUZ
E a luz escrita
afeiçoáva-se
às minas, ao poços,
às furnas,aos forros,
a tudo que a luz
NÃO escrita
jamais perscruta
Esta luz escrita
cresceu como meu olhos
diante dos portões
dos hospitais
das prisões
destas ruas cheias
de ocaso
por onde agora passo
desfeita
E se não posso fugir,
eu danço, como faz a chama
diante dos ventos em sua vizinhança
obrigada por teres me lido
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