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Poesias-->2516 -- 12/04/2009 - 20:31 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Ela chamáva-se Alva

como alvas eram suas mãos



Ela passava seus dias,

no canto, paralisada,

com as duas mãos

apertadas contra o peito

como se estivesse se protegendo

de algum invisível gatuno

que quizesse lhe retirar

algo precioso e único :

Talvez, uma lembrança

Talvez, um sonho lúdico

Como saber? Como saber?



Mãos atadas

Unidas. Misturadas.

Mãos dentro de mãos

Forro e superfície

entrelaçadas

Alvas da Alva

Alva de alvas

Talvez, talvez, estas mãos

tentassem imitar uma rosa

uma voluta um giro

Algo que se não fala,

pulsa

vive

resplandece

Como saber? Como saber?



Talvez, as alvas da Alva

quizessem substituir o coração

Torná-lo mais superficial

mais verdadeiro

mais carnal

Aflorá-lo

Doá-lo

Como saber? Como saber?



E ninguém que por ela passasse,

lembraria de sua face mais tarde,

mas com toda fatalidade,

lembrar-se-ia de suas mãos amarrotadas

Mãos que adquiriram

uma fisionomia

um traço

uma singularidade

Talvez, as alvas da Alva sorrissem

Como saber? Como saber?



Talvez ela tivesse

medo de perder algum gesto

Porque gestos são como aves

de asas claras e leves

que, as vezes, desaparecem

Talvez guardasse algo

em suas palmas

Mas não creio!

As mãos eram simples :

sem cobertura

sem recheio

Talvez suas mãos pesadas

de renúncias e de dores

quizessem um dia alvorecer :

Serem - Alvas e rubores

Como saber?



obrigada por teres me lido

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