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Poesias-->2510 -- 12/04/2009 - 20:26 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo que ela precisava

era de um vento malvado

que lhe derrubasse o fruto

precoce como árvore



Tudo que ela queria

era desvencilhar-se do filho,

o broto insurgente,

antes que o redondo do corpo

a denunciasse para os amigos



Ela mantinha-se parada

do outro lado da calçada

à apenas alguns passos

da porta de entrada da maternidade

Mas não cruzava a rua,

não cruzava o olhar com quem passava,

cruzava apenas os braços

à frente dos seios magros

expostos pelo decote abusado



Chegara a noite,

e ela ainda lá estava,

pensativa, parada, tão menina ainda,

iluminada pelas luzes móveis

dos faróis, como se milhares

de lanternas curiosas vasculhassem

os fundos escuros da cidade

à procura de algo esquecido

para lançá-lo fora



Então, de repente, decidida,

passinho de anjo, virou-se de costas,

indo embora , misturada às ruas

Ruas,estas ruas- que desculpam

todo pecado e se abrem

como bocas que comem meninas



E foi-se

Levando consigo

a ideía de um preservativo como balão de gás

este poema inconcluso

e ...um doce



obrigada por teres me lido









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