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Poesias-->2509 -- 12/04/2009 - 20:25 (maria da graça ferraz) |
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Quando falam paz
A palavra cai
Quebra osso
Cava chão
Mancha plantação de arroz
Fere
E poeta que se cuide!
Trata de colocar no saco
todos os seus pássaros
e correr sem olhar para trás
Porque a paz deles
é pedra! Facão!
Pedaço de pau! Caco de vidro!
Marreta! Canhão! Tiro!
Quando falam paz
A palavra amesquinha-se
Definha
Fica pequenina
Desfaz-se!
E poeta que se avise!
Trata de fugir com todos
seus meninos tristes
porque a paz deles
é campo de extermínio!
Paredão! Masmorra!
Claustro! Holomodor!
Terror! Holocausto! Prisão!
Quando eles falam paz
A palavra recua
Torná-se apóstata!
Não assina armistício
Mata , ataca,luta, senta a pua!
E poeta que tome cuidado
Trata de dobrar o violino
no bolso da camisa
porque a paz deles
é porco na rua
cadela no cio
vileza cobiça
cheiro de mijo
estouro de boiada
festa na estrebaria
Estou avisando!
Poeta que é poeta, ouça!
Quando eles falam paz
Trata,poeta, de arrumar mala
apagar a luz do quarto
limpar os santos foscos
por para dormir o galo louco
E poeta que é poeta se cala!
Porque em boca fechada
não entra mosca
nem bala desvairada
obrigada por teres me lido
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