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| Poesias-->2503 -- 12/04/2009 - 20:20 (maria da graça ferraz) |
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Observo o homem
lançado à cama
Filho de Vulcano
Tocha humana
Louco Prometeu,
embriagado, entorpecido,
que ousou beber
o fogo de Zeus
"Ál-cool?
Eu bebo água,
doutora
Á-GU-A
Aguardente
Água de fogo"
Ele diz, explica, ri, geme
" Esta água de fogo aquece
o peito
e é tão boa para a dor
que a gente até a esquece"
Ele fala, olha-me, nada reclama
e nada também pede
" Quem sabe , um dia,
eu vire lampião :
Acenda e ilumine
este mundão!
Ou, quem sabe,até,
eu entre em combustão"
Face vermelha,
inflamável,
olhar de quem teima,
ele me observa com diversão
" Pois quem brinca com fogo
queima"
Aviso-o.
" Não senhora,
quem brinca com fogo, purifica"
Ele, juízo alterado, ria
Eu ,tão branca.
Tão frígida!
Enquanto isto, a feiticeira do tempo,
ia varrendo as cinzas
para seu fígado
obrigada por teres me lido
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