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Poesias-->2500 -- 12/04/2009 - 20:16 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A secura. O estio.

O hematoma abaixo do olho

tinha a forma de uma canoa

No nariz quebrado,

o piercing balançava

como uma ancorazinha

E no porto- a boca-

a palavra aguardava

a hora para o embarque

" socorro"



Todo aquele rosto

era uma espera conformada

Se ela chorasse, ao menos!

Se ela chorasse

a canoinha chegaria ao cais

e podería-se ouvir o GRITO salvador

" Nunca mais"



Mas não!

Restos de carne estranha

sob suas unhas

era seu único prêmio

Os dentes doloridos ainda

O silêncio

Sem honra

Senhora

ESPOSA



E a aliança partida

como uma bóia inutilizada



Não havia fuga

nessa hora

O mundo era macho

E ela ,o feminino

Tipo de eunuco macho

cada



obrigada por teres me lido

Este poema foi escrito para muitas mulheres, vítimas

de violência doméstica,que não denunciam seus maridos







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