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Poesias-->2497 -- 12/04/2009 - 20:15 (maria da graça ferraz) |
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E ninguém sabia
o que era "Charity"
Nos hospitais públicos
os corpos imobilizados
pela dor- correntes da penúria
atam-lhe pés e braços
A desventura
dos que se sabem
quase homens
e estão aproximadamente vivos
O cansaço do peito
que respira
E ninguém via
onde estava Charity
A dor de cada músculo
rasgado do osso
pelo peso do grande fardo-
o saco
às costas
A dor dos frangos
pendurados, presos
com ganchos,
no mercados
E ninguém conhecia
Charity
O que seria isto?
Um remédio novo-
escondido-
como revólver no coldre?
Ou, uma loura fria,
limpa, que se alimenta de carne podre?
Nos hospitais,
a luz é um flagelo!
Bendito ali é ser cego!
A cegueira torna-os crianças
Porque minha pátria
é verde-amarela
e tudo isto:
Uma prece suicida
lançada
ao vento
de alguma janela
O som plangente
de uma cuíca
Esta página
suja de palavras
e de lágrimas
E uma palavra
" Charity"
- que HUMILHA-
atirada por mãos com luvas
como quem joga
aos pombos, MILHO
OBRIGADA POR TERES ME LIDO
CHARITY- CARIDADE, EM INGLÊS |
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