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Poesias-->2479 -- 12/04/2009 - 20:02 (maria da graça ferraz) |
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Aqui, não se olha para cima
Quem teima, mingua!
Quem mingua, enrola!
Quem enrola, apanha!
Céu brasileiro é assim mesmo-
pequeno, tacanho
E, se olho insiste e cisma,
leva cocô de gavião malvado
no meio das fuças
que arrebenta telhado
e vai dando verruga, piolho,
pulga e chiado
Ou, então, olho mal criado
acha bala perdida
que zune ouvido
estraga peito
afina voz de menino
água leite da vaca
e dá ferida roída
que não sai com reza brava
e nem com chá de chifre
de bode diabo
Espiar um pouco, pode ,moço
Mas se espiar muito dá caroço
Se espiar demais, vira pescoço
Às vezes,do céu,cai um demagogo,
político vigarista, populista,
rei da mentira, da miséria-o pai,
que rouba o povo
e de tão gordo
quebra o corpo
sobre o qual cai
Aqui o sol é seco,
áspero, carrapato agarrado,
que arde, queima, feito chibata
Horizonte ?aqui este bicho não há!
Tentaram plantar um pé da coisa,
a coisa mirrou feito jacá
Quem olha para cima, cega
ou fica zuê- avisa o velho
O céu é tão tão baixo
que a gente daqui não cresce
Se cresce, cabeça dá calo,
achata, e vai crescendo
apenas para os lados,
feito tartaruga dentro do casco
O padre desobedeceu o aviso,
olhou para cima
e sofreu castigo de Deus
Pegou fogo sua batina
e fugiu, não se sabe o destino
Com o pastor, foi pior,
o malefício atingiu seus intestinos,
soltaram os nós das tripas,
e o pastor subiu como uma pipa,
como se tivesse levado nos fundilhos
coice de mil burricos com cria na barriga
Céu brasileiro é tantinho
assim do chão
e a gente vai plantando grão
de nuvem com pão de poeira
Sonhar, que é bom, besteira!
obrigada por teres me lido
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