LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->2474 -- 12/04/2009 - 19:59 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Vós , os que fazeis perguntas
e perguntas cíclicas,
confusas e teimosas,
pois digo-vos, e se repetir
for preciso, reafirmo:
" Não tenho respostas
que vos sirva"
O que sei da vida é pouco
Muito pouco
Tão pouco que caberia
com folga
sobre a pétala
de uma rosa
O que sei, se sei,
é um floco de neve,
apenas um-
bonito,suspenso, inviso
Vós que perguntais!
O que quereis que
vos responda?
Não tenho resposta
Tudo que sei é mínimo
Tão mínimo que não daria
sequer para encher
uma barquinha de papel
O que sei
é vôo apenas
De vôo, eu sei
mas vôo não é resposta
Sei do líquen
sobre a pedra
Da coisa úmida, lisa,viva
que faz o pe´desprevenido
resvalar na sensação
de um abismo tangível
Ó vós! Vós, os perguntadores!
Pois eu não sei das respostas
que combinam com vossas perguntas
Só sei das respostas
que rimam ...que cantam....
Nao vedes que sou poeta?
O que sei é
que a probabilidade de uma ave,
neste instante,
cair sobre vossa cabeça,
devido a direção dos ventos
e a época do ano,
é de 0,052 por cento
O que sei é
o que as estatísticas provam :
De cem-mil-milhões de perguntas,
a resposta certa só
se concede a uma-
apenas a uma,de cada vez!
O que sei,
o que sei
é nada
No entanto,
o que sei
está sempre inquieto, mexe, renhido,
ao longo dos meus dias,
livrando-se de sílabas,
tornando-se cada vez mais límpido!
obrigada por teres me lido
|
|