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Poesias-->2469 -- 12/04/2009 - 19:56 (maria da graça ferraz) |
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Há em cada homem do mundo
uma rua
uma campina
um quintal
e
algo a correr entre tudo
livre
bailarino
atemporal
Os homens são iguais!
Iguais!
Na similaridade das sombras
que se confluem
nas paredes
Iguais!
No silêncio
mais profundo
que os unem
Iguais!
Nos sonhos amplos
que ascendem como perfumes
acima dos mundos
e de todas as culturas
Iguais!
Tome um homem
Qualquer homem
Dá-lhe um susto!
Dá-lhe um amor!
Embaraça-o
Confunda-o
E verás como são iguais!
Uma gota de lágrima
que cai,
não importa a direção
da face,
terá sempre
a mesma transparência,
seguirá o mesmo
curso,
aferirá o mesmo peso
e a mesma quantidade de sal
Iguais!
A terra de cada vaso
em que pesem
as diferenças
de umidade,
de insumo,
de textura,
guarda sempre uma semente
um bulbo
e uma minhoquinha
a cavar buraco
como a linha de um agulha
Iguais!
A mão estendida pedinte
que cruza a paisagem
à sua frente
Tem cor?
Tem credo?
Tem nacionalidade?
É diferente da tua mão
quando no desespero
pedes atenção?
Na realidade universal
os homens são iguais!
Divergem apenas
na crosta-na ilusão -nos etc e tais
obrigada por teres me lido
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