LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->2461 -- 12/04/2009 - 19:51 (maria da graça ferraz) |
|
|
| |
Aquele rio,
que não sei onde nasce,
nem por onde passa,
cujo nome ninguém sabe
Aquele rio
que nem imaginar, imagino
Aquele rio, aviso,
também sou eu
E digo-lhe "rio"
porque flui, deve ter um fundo,
uma largura,
duas margens,
como tudo neste mundo
Digo-lhe "rio"
diante de sua possibilidade
de abrigar uma barca,
uma barquinha, qualquer barca,
que deseja voltar para casa,
qualquer casa,
rica ou pobre, pouco importa a casa
Digo-lhe "rio"
porque lava um pé,
negro ou branco, são ou ferido,
e dá de beber
e arredonda a pedra
e nutre a flor
e mostra um caminho
Digo-lhe "rio"
porque murmura
junto com cada veia-
que ascende
o sangue escuro
de volta ao coração
e ata o corpo das alturas
à terra- no chão
Digo-lhe ...porque
ao dizer, ao dizer, verbalizo,
simplifico e rio
obrigada por teres me lido
|
|