|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | Poesias-->NOVENÁRIO DOS DELMIROS -- 16/03/2009 - 17:15 (Tarcísio José Fernandes Lopes) |  |  |  |  |  |
 | NOVENÁRIO DOS DELMIROS 
 
 
 I
 
 Hoje, 20 de dezembro,
 
 Perto do aniversário
 
 De Jesus – o grande Rei
 
 Que se fez humanitário;
 
 É, pra nós, última noite
 
 Deste nosso novenário.
 
 II
 
 Aliás, um novenário
 
 Que já é tradicional
 
 Na família dos Delmiros
 
 Residentes em Natal,
 
 E dos que estão distantes,
 
 De uma forma virtual.
 
 III
 
 Se já é tradicional
 
 É por causa de alguém
 
 Que não mede seus esforços
 
 Nem tampouco os de ninguém
 
 Para ouvir, no novenário,
 
 Muitas vozes num AMÉM.
 
 IV
 
 Umas dicas desse alguém
 
 Nesses versos, vamos dar;
 
 Mas, quem logo descobrir,
 
 Guarde em si, a segredar,
 
 Que, depois de alguns versos,
 
 Ele vai se revelar.
 
 V
 
 Fazer quorum pra rezar
 
 A novena é uma barra!
 
 Mas por sua insistência
 
 E com toda sua garra
 
 Conseguiu sempre um quorum,
 
 Livremente ou na marra.
 
 VI
 
 Testemunhas dessa garra
 
 Somos nós – a irmandade.
 
 Temos sido seguidores
 
 Dessa sua qualidade.
 
 Foi assim que aprendemos
 
 A ter força de vontade.
 
 VII
 
 Não revelo sua idade,
 
 Pois estraga nossos planos;
 
 Mas se nossa irmandade
 
 Já somou QUINHENTOS ANOS,
 
 Sua idade só perdeu
 
 Pra um de seus onze manos.
 
 VIII
 
 Ou ainda: nesses anos,
 
 Comandou nossa união;
 
 Ajudou-nos a andar
 
 Segurando nossa mão;
 
 Dentre os filhos de Delmira,
 
 Viu nascer cada irmão.
 
 IX
 
 Dessa nossa reunião
 
 Ela é autoridade:
 
 Organiza e escolhe
 
 Data e localidade,
 
 Para que o novenário
 
 Tenha continuidade.
 
 X
 
 Mas, também, tem humildade
 
 Ao fazer-se penitente,
 
 Carregando um crucifixo
 
 Que não pode estar ausente,
 
 Pois é um dos belos símbolos
 
 Que mamãe deixou pra gente.
 
 XI
 
 Fique atenta, minha gente,
 
 Pra mudança que se acena:
 
 A partir do próximo ano,
 
 Não teremos mais novena,
 
 Pois serão três casas mais.
 
 Sendo assim será DOZENA.
 
 XII
 
 Mas, quem sabe, a DOZENA
 
 Já será modernizada,
 
 Com a reza virtual,
 
 Sem sairmos da morada.
 
 É que sua promotora
 
 Está informatizada.
 
 XIII
 
 Como hoje é rezada,
 
 Uma coisa faz pensar:
 
 Por que nosso novenário
 
 Deve sempre começar
 
 Justamente nos horários
 
 Que as novelas vão pro ar?
 
 V
 
 É que nosso viciar
 
 Por novela na telinha
 
 Ou, então, ao pé do rádio
 
 Meio dia ou à noitinha,
 
 Vem do tempo em que a gente
 
 A chamava de “Madinha”.
 
 XV
 
 Dum irmão, é a madrinha,
 
 Mas, pros outros, virou marca.
 
 “Somos a jurisdição,
 
 Ela é nossa comarca”.
 
 E, de nossa irmandade,
 
 A fizemos matriarca.
 
 XVI
 
 Você lembra, matriarca,
 
 Desse som: “Bença, Madinha”;
 
 Era nosso cumprimento,
 
 De manhã ou à noitinha,
 
 Sem saber de quem você
 
 Realmente era madrinha.
 
 XVII
 
 Não chamamos mais “madinha”,
 
 Mas a vemos como tal.
 
 É que nós fomos crescendo
 
 E achamos natural
 
 Começar a lhe chamar
 
 Pelo nome batismal.
 
 XVIII
 
 E seu nome batismal
 
 Não podia ser Ofélia.
 
 Nossos pais até podiam
 
 Dar-lhe o nome de Amélia,
 
 Mas fizeram muito bem
 
 Registrá-la como ZÉLIA.
 
 XIX
 
 Pra você, “madinha” Zélia,
 
 Vai a nossa homenagem,
 
 Por você ter nos passado,
 
 Com exemplos, a imagem
 
 De: quem quer vencer na vida
 
 Tem que ter fé e coragem.
 
 XX
 
 Ao render esta homenagem,
 
 Também nos comprometemos:
 
 – A partir do próximo ano,
 
 Todo esforço nós faremos
 
 Para irmos às DOZENAS,
 
 Nas quais, juntos, rezaremos.
 
 XXI
 
 Aqui, pouco, nós dissemos,
 
 Pois você merece mais.
 
 Essa é a nossa voz,
 
 E a voz de nossos pais
 
 Que, com nossos três irmãos,
 
 Lá, no céu, vivem em paz.
 
 
 
 - fim -
 
 
 | 
 |