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 | Poesias-->PARA MEU PAI -- 23/03/2009 - 22:58 (Tarcísio José Fernandes Lopes) |  |  |  |  |  |
 | PARA MEU PAI 
 
 
 I
 
 Todo homem é capaz
 
 De chegar à fama e à glória.
 
 Basta ser honesto e justo
 
 E buscar sempre a vitória.
 
 Só assim vai inscrevendo
 
 O seu nome na história.
 
 
 
 II
 
 Foi assim a bela história
 
 Do Senhor Cristo Jesus
 
 Que um dia trouxe ao mundo
 
 O amor, a paz e a luz.
 
 E que para nos salvar,
 
 Escolheu morrer na cruz.
 
 
 
 III
 
 Mas a história não traduz
 
 Tudo aquilo que é verdade,
 
 Não registra nos anais
 
 A real totalidade
 
 De pessoas candidatas
 
 A ganhar posteridade.
 
 
 
 IV
 
 Vou mostrar que é verdade:
 
 Com meu pai aconteceu.
 
 Nunca teve vida fácil,
 
 Foi lutando que venceu.
 
 Fez seu nome na história,
 
 Mas a História lhe esqueceu.
 
 
 
 V
 
 Noutro século nasceu,
 
 E no XX se criou.
 
 Quase não foi à escola,
 
 Mesmo assim nos educou.
 
 Com trabalho e com caráter,
 
 Pela vida caminhou.
 
 
 
 VI
 
 Foi um homem que lutou
 
 Pra fazer da vida a glória.
 
 Educar sua família
 
 Foi pra ele uma vitória.
 
 Por que homens como ele
 
 Não entraram para a história?
 
 
 
 VII
 
 Inda guardo na memória
 
 Sua preocupação
 
 Em querer deixar pros filhos
 
 Uma boa educação.
 
 Ao morrer, morreu ciente
 
 Que cumpriu essa missão.
 
 
 
 VIII
 
 Viveu como um bom cristão,
 
 Fez do lar o seu abrigo.
 
 Foi, no seio da família,
 
 Bom esposo, pai e amigo.
 
 Viveu sempre para o bem
 
 E morreu sem inimigo.
 
 
 
 IX
 
 Deus me livre dum castigo
 
 Por eu não ficar calado.
 
 Por exemplo, a história
 
 Cometeu um ato errado:
 
 Nos anais inscreveu Hitler,
 
 Deixou fora um homem honrado.
 
 
 
 X
 
 Não tem nada, velho amado,
 
 Cá na terra te elegemos
 
 Como ídolo da família
 
 Quando juntos estivemos.
 
 A história te esqueceu,
 
 Mas nós não te esquecemos.
 
 
 
 XI
 
 Saiba, tudo que nós temos
 
 É produto da vontade
 
 Em querer nos ver vencendo
 
 Sempre com honestidade,
 
 Com caráter, educação
 
 E responsabilidade.
 
 
 
 XII
 
 Convivemos com saudade
 
 De um pai meio "caudilho",
 
 Mas humilde e preocupado
 
 No melhor pra cada filho
 
 E dum pai que só queria
 
 Ver a gente andar no trilho.
 
 
 
 XIII
 
 Foi, a morte, um empecilho,
 
 Separando-te dos teus.
 
 Fevereiro, 84,
 
 Tu nos deste o último adeus.
 
 Mas, morrendo para os homens,
 
 Renasceste para Deus.
 
 
 
 XIV
 
 Estes simples versos meus
 
 São um grito que me sai
 
 Bem daqui, do coração,
 
 Como alguém a dizer: – "Vai!
 
 Vai mostrar para a história
 
 A história de teu pai."
 
 
 
 - Fim -
 
 
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