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Poesias-->VELHA BARÃO CENTRAL -- 21/01/2009 - 00:59 (Vera Celms) |
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Doce e velha amiga cidade!
Que até das luzes sinto saudade.
Sinto saudade do teu pulsar,
Que da boemia era a trilha do caminhar.
Na tulipa mais uma cerveja.
No guardanapo, o último verso,
da estrofe fecha a certeza.
Como era doce o balbuciar dos bêbados,
dos loucos, dos apaixonados.
Hoje pelo medo,
uma cidade de seres ilhados.
Todos voltam para casa correndo;
Os que não moram vão se escondendo.
O último sopão já passou,
A neblina já baixou,
E os pobres ruanos,
se protegem como podem;
Outros morrem...
São coletivos incendiados,
São corações apaixonados,
E os que atravessam a madrugada tão ‘vadia’
Tem no peito ou o medo ou
o romance da velha poesia
Noite fria nebulosa.
Mentes drogadas, bêbadas ou encantadas,
são só almas corajosas
que enfrentam,
por isso ou por aquilo, as ruas.
Verdades, necessidades ou fantasias,
sejam suas, sejam minhas.
Mas, aquela cidade boemia
é hoje a cidade vazia,
Que impõe nas luzes acesas ao longe,
no alto dos prédios, aos sozinhos,
aos insones e aos perdidos,
um toque de ‘covardia’
Da Lei Seca, dos bares fechados,
dos olhos arregalados
o verdadeiro toque de recolher
Vera Celms
(esta poesia foi escrita inspirada numa travessia da Rua Barão de Itapetininga as 03 horas da madrugada na época dos atentados do PCC em 2007)
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