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| Poesias-->DESGATADOS PELO TEMPO -- 28/12/2008 - 12:09 (Cícero Ferreira Matheus/Maceió-AL) |
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DESGASTADOS PELO TEMPO
Desgastados pelo tempo somos sombras de nós mesmos.
Céticos caminhamos sobre lençóis de nuvens, e cuidadosos, olhamos a direção do vento.
Sobre os terrores noturnos que nos cercam às noites, em claro ficamos sem dormir.
Ora somos senhores feudais, e ora somos vassalos.
Somos essa construção que não tem fim, talvez o fim seja a morte, talvez...
O tempo passa, e em pensamentos cinzentos nos perdemos.
O desejo assim como a fome nos devora e sangra os nossos egos.
E as rosas que nos trazem seus cheiros e seus espinhos, vão desprezá-las?
O registro da vida não se apaga por que a história é escrita
por àqueles que presenciam a vida, e dela faz questão de ser parte.
A celsitude nos convida a olhar para o alto e a ignobilidade para o que desprezível.
Precisamos viver e deixar nossos registros.
Nessa caminhada é preciso acreditar mais e desacreditar menos; a força para seguir está dentro de cada um.
Qual o remédio? Qual a receita? Qual o caminho para seguir?
Se não olharmos para dentro de nós mesmos, confundiremos com a morte e morreremos.
E antes que seja tarde olhemos a vida, o pranto, a alegria, as derrotas e as vitórias que sempre farão parte de nós.
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