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Poesias-->Sem saber o que dizer -- 16/12/2008 - 21:41 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
raramente silencio

sou pessoa dada

a escritas doces

afobadas

borbotões do sentimento

de todos os dias



raramente silencio



comovem-me as pitangas vermelhas

os lírios amarelos

as uvaias docinhas



amo as tempestades

as taças cheias

as noites de lua



tenho especial capacidade

para sentar-me ao redor

das fogueiras

horas a fio



confesso ser irascível

- atravesso conversas

mas sei guardar segredos

e adoro dar conselhos

colo, ombro, ouvidos



raramente silencio

mas estou pasma, bege

pronta para palavrões horríveis



melhor assim

- eu silencio



































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