Vivo navegando!... em mares de outra natureza sem carecer de diploma para transportar-me em meio às marés tão revoltas desta vida!
Prefiro as incertezas dos meus mares a correr o risco de me afogar nas águas salgadas e me empanar, mumificar no fundo do seu oceano!
Tenho outras preferências acerca de viver sem rumo, pois o seu mar me inibe e me intimida o tempo todo!
São horrendas essas situações inseguras... é infelicidade que dá ânsia, é areia movediça e sal substituindo o néctar da vida...
Mas, contudo, viver é isso... vivemos no envelhecimento por ter um dia a cada dia na tentativa de escapar para não explodir!
Mas este é o sentido verdadeiro da vida!
Ir vivendo sem tanto esperar dos outros, mas viver com a essência substancial da vida colhida da pureza do mar, do sol, do sal, da natureza, do verão, da primavera, do inverno, do outono, enfim, é esta dicotomia que inscreve o que já está feito, que copia e ajunta tudo o que escrevemos para dar um texto de vida!
Se as linhas revoltas do seu oceano não possibilitam a navegabilidade!... terá que conviver apenas com o barulho das suas ondas que nada trazem ou pouco podem levar!
