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Poesias-->Coisa estranha -- 24/11/2008 - 11:15 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Coisa estranha











Meu inferno fica ao lado do teu céu

e em ambos deixo as palavras,

pobres palavras ricas

e cheias de lavras

onde a lava não queima

e a larva não estraga.

Noto-me distante e apagado

quase esquecido, quase acabado

onde renasce uma flor

cheia de cheiro, cheia de sabor,

a única flor que não morre

e tudo quer, tudo pode

além desse inferno e desse céu vividos

que, posto neste papel,

aqui não cabe, aqui não nasce, aqui não vive!











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